sábado, 25 de abril de 2020

Uma vida no escuro

Ficha Técnica
Autora: Anna Lyndsey
Tradução: Denise Bottmann
Quantidade de páginas:247
Título original: Girl in the dark
Editora: Intríseca
Ano de lançamento: 2016

Sinopse
Anna Lyndsey era uma jovem ativa. Tinha acabado de comprar um apartamento e estava apaixonada. Então, o que começou como uma ligeira intolerância a certos tipos de luminosidades artificial evoluiu para uma sensibilidade grave a qualquer tipo de luz.
Agora, durante as piores crises, Anna fica meses a fio trancada em um quarto totalmente escuro, onde passa horas ouvindo audiolivros e inventando intricados de jogos de palavras numa tentativa de afastar o desespero. Em épocas de intolerância menos severa ela ousa se aventurar cautelosamente na penumbra e encara um mundo que, pela perspectiva de sua existência enclausurada, é repleto de uma beleza estonteante. Ao lado dela em tudo isso está Pete, seu amor e seu alicerce, cuja presença a impede de ser aterrada pela solidão.
Escrito com beleza, leveza e honestidade, Uma vida no escuro é o impressionante relato da determinação da autora para tornar suportável uma vida aparentemente impossível. Uma história que impressiona não apenas pela raridade do quadro médico de Anna, mas também pelo modo como ela nos conduz com tamanha clareza por um lugar de absoluta escuridão, fazendo-nos encarar o mundo e a luz de uma forma completamente nova.

Minha opinião
Comprei o livro não sabendo que era baseado em fatos, porque não é muito o tipo de livro que eu gosto de ler. Gosto dos livros mais de fantasia e de coisas que sei que são quase impossível de acontecer. Bom, basicamente o livro conta a história de Anna, que tem um problema grave de sensibilidade a luz, e ela conta como foi cada etapa e como foi perturbador ter que se adaptar a ficar sempre no escuro, sem nem uma brecha de luz, para não sentir sua pele arder. Imagino o quanto foi difícil pra ela, e como precisava de criatividade pra se distrair de ficar o dia todo no quarto, acho que terminei de ler esse livro numa época boa, porque ta quase todo mundo num isolamento social sem poder sair de casa, que é muito ruim, mas imagina se não pudessem sair do quarto, porque um pequeno vestígio de luz pode te fazer sentir uma dor enorme. Acho que seria bem pior. Mas na segunda parte do livro, ela percebe que em umas partes da noite consegue sentir alivio da pele quando em contato com uma baixíssima lumiosidade, e até aproveita um tempo na chuva. Com o tempo ela consegue passar até horas na semi-escuridão, porém com pequenos descuidos já passa a ter que ficar trancada novamente no quarto escuro, porque seu corpo não aguenta. Com a oscilação da fotossensibilidade ela consegue até remarcar o casamento, não foi como ela sempre sonhou, mas foi na medida do possível devido a condição dela. Mostra também que ela tentas diversas terapias mas não consegue obter muito sucesso com nenhuma delas, mas não perde a esperança, já que consegue ficar em lugares um pouco mais claro, e até com o trailer adaptado consegue fazer viagens com o marido e diversos passeios durante a noite.
Achei o livro bem parado no começo, entretanto na parte 2, ficou muito mais interessante, com o contraste de ficar meses trancada no quarto para o conseguir sair a noite, faz com que você fique feliz por ela, por ver como ela já se sente melhor por poder voltar a fazer coisas simples, como dar uma caminhada a noite, poder regar umas plantas ou até mesmo fazer uma comida... Faz você refletir sobre pequenas coisas na vida que muita vezes você reclama de fazer, mas que fazem uma baita falta em determinadas situações.